Sobre Teias e Telonas — Parte 3: Homem-Aranha no MCU (2016-), Homem-Aranha no Aranhaverso (2018-) etc.

Carol Lima
14 min readDec 3, 2021

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ATENÇÃO: O TEXTO A SEGUIR CONTÉM SPOILERS!

O Homem-Aranha não faz parte d’Os Vingadores!” era algo muito dito entre os anos de 2012 e 2015, especialmente em tom zombeteiro. O MCU (Marvel Cinematic Universe, ou Universo Cinematográfico Marvel) já era um sucesso colossal, obviamente, e com isso havia um certo sentimento (do qual não compartilho) entre alguns de seus espectadores mais fieis de que um herói da Casa das Ideias só seria legitimado nas telonas, de certa forma, se pertencesse à crescente franquia do Marvel Studios. O Aracnídeo, por ter seus direitos atrelados à Sony Pictures, estava barrado do parque de diversões administrado por Kevin Feige. Ele estava sozinho.

Mas o anúncio de “Capitão América: Guerra Civil” (2016) foi um que deixou os fãs do Teioso atentos, apesar dos direitos cinematográficos. Assim como a HQ a qual adaptava livremente, duas equipes de heróis, encabeçadas por Steve Rogers e Tony Stark, iriam travar um combate por conta de divergências ideológicas. Mas existia uma peça bem importante na contraparte dos quadrinhos: Peter Parker. A Sony nunca venderia o Homem-Aranha (o que é mais do que compreensível), mas fez um acordo 50/50 com o Marvel Studios; sendo assim, um continuaria a realizar produções independentes relacionadas ao personagem, enquanto que o outro poderia introduzi-lo ao seu vasto universo por meio de mais um reboot.

Eis que fomos apresentados ao seu novo intérprete, Tom Holland, e ao seu Aranha ainda mais jovial no terceiro filme do Sentinela da Liberdade. Sua participação foi uma das mais promissoras, e certamente foi um dos pontos altos de toda a película. Não esqueço do grito em uníssono no cinema quando QUEENS apareceu na tela, e toda vez que o Cabeça de Teia surgia e lançava uma piadinha no meio do confronto no aeroporto já fazia com que os demais espectadores ficassem empolgados. Claro que estava compartilhando de toda essa euforia, com um baita sorriso no rosto. Depois da segunda e última cena pós-créditos, era inevitável ansiar pelo seu futuro.

A primeira vez que o vimos foi no segundo trailer de Guerra Civil, e foi o momento no qual a Internet surtou.

Mas digamos que o marketing de “Homem-Aranha: De Volta Ao Lar” (2017) tenha gerado um certo temor: a crescente presença do Homem de Ferro na vida do Peter. Ao menos, foi o sugerido. Suficiente dizer que fiquei extremamente reticente diante do primeiro filme solo do Teioso no MCU. “Mas é claro que precisam enfiar o Tony Stark na trama para chamar o público que é fã dos filmes do estúdio, porque apenas o herói titular não basta.” foi um dos meus pensamentos desdenhosos mais recorrentes na época. Algo que me incomodava bastante era o fato do gênio, bilionário, playboy e filantropo ter se tornado o rosto da Marvel para muitos, quando era o Aranha quem ocupava tal cargo (e assim o fez por décadas). Recalque? Pode ser. Era o que meus pais achavam que eu sentia. Discordava.

Iria assistir ao filme mesmo assim, claro. Tal ato era quase como um reencontro com um velho amigo, agora independente de reboot ou qualquer outra coisa. E assim o fiz, mas antes… lembrei-me de algo enquanto escrevia esse parágrafo. Tive um blog no Tumblr, chamado Miscelânea Geek. Redigi uma resenha do De Volta Ao Lar, e no começo relatei toda a jornada até o cinema. Espero que não se importe que chame minha versão de 21 anos para dar uma palavrinha (só preciso corrigir algumas coisas; notei algumas repetições de termos. E ela não especificou que se tratava do UCI do Shopping New York City Center). Vem cá, criatura chata!

Saí de casa cedo, a tempo de chegar ao cinema com tranquilidade e ainda tentar garantir o combo de pipoca que vinha com um balde tematizado do Aranha. Peguei o ônibus que fazia apenas duas paradas, sendo que teria de saltar na segunda e última. Com uma boa quantidade de pessoas descendo na primeira, achei que poderia conseguir um assento; ledo engano. Toda vez que abordava um lugar, ele já era tomado imediatamente. Acabei permanecendo em pé por, aproximadamente, meia hora.

Enfim cheguei ao local, e uma certa esperança se apoderou do meu ser. Todo o negativismo relacionado ao filme simplesmente se esvaiu, e logo me lembrei que tinha de pegar o pôster do personagem antes que acabasse. Pedi licença a um senhor para poder perguntar ao atendente se poderia levar o item. Digamos que o homem de cabeleira prateada tenha se enfurecido com minha interrupção. Guardei-o em minha mochila, mas pouco depois percebi que ele ficaria amassado nas pontas. Não havia jeito, tentaria desamassar em casa.

Poucos minutos antes de adentrar a sessão, parti rumo à fila do Snack Bar. Mal sabia que seria uma tarefa complicada. Um pacote grande de pipoca, uma garrafa grande de refrigerante, o tal do balde, um pacote de doce e o ingresso. Alguns bons minutos foram gastos a fim de determinar como que levaria tudo aquilo sozinha para a sala. Foi um verdadeiro malabarismo. E tive de ficar em pé, segurando tudo isso, por mais alguns minutos. Já conseguia vislumbrar minha queda, com tudo o que tinha em mãos se espatifando numa velocidade absurda.

Já me aproximando da sala, deparei-me com uma porta de puxar; não havia como realizar tal ato. Um educado moço se aproximou, perguntou sobre a sessão e abriu caminho para que pudesse passar sem problemas. Flexionei o braço esquerdo, que se concentrava em não deixar o refrigerante cair, a tal ponto que a tampa do balde fora praticamente cuspida. Como diabos iria me abaixar para pegá-la? Eis que uma simpática moça me ajudou, e, enfim, consegui chegar ao meu assento. Tudo o que restava era esperar apenas mais um bom filme.

E não é que foi mesmo? Saí da sala completamente empolgada, tanto até que tirei uma foto com um cosplayer do Aranha que estava na sessão, este que só havia levado a máscara, já que sua perna estava lesionada. Posamos num display que simulava um prédio no chão e a cidade no amplo pôster, ajudei-o a levantar, o agradeci, me despedi e logo tive que ir à estação do BRT. Consegui um assento! E ali fiquei, abraçada com o balde, rezando para chegar ao Carioca Shopping a tempo de encontrar meus pais no restaurante Outback. Falei com a moça da recepção que iria me encontrar com eles, que estavam perto da porta de entrada. Sentei-me à mesa e logo falei que havia adorado De Volta Ao Lar (tanto que corri para garantir seu Blu-Ray, posteriormente) e que queria assisti-lo de novo em IMAX, agora contando com suas ilustres presenças. É claro que isso aconteceu, e eles também se divertiram com o longa, que gerou a piada interna de que meu pai era o Tony Stark e eu era esse novo Peter Parker.

Eu e meu pai, com posições espelhadas por pura coincidência. Apesar da diferença de mil anos entre nós, foi ele quem precisou me ajudar a levantar.

Mas digamos que fiquei receosa mais uma vez, agora com sua vindoura participação em “Vingadores: Guerra Infinita” (2018). Afinal de contas, no final de seu filme solo, o herói se recusa a entrar para a equipe para manter seu foco em ajudar as pessoas da vizinhança. Mas logo no trailer já pudemos vê-lo trajando a Aranha de Ferro, roupa tecnológica que fazia parte da oferta do Stark. O desenvolvimento do personagem, sua decisão, de nada adiantou, então? De qualquer forma, era inevitável que iria assistir, e você já entendeu que de nada adianta eu reclamar, porque, apesar de tudo, sempre estarei lá para conferir novas aventuras do Teioso. E assim o fiz, ao lado de dois amigos que conheci na Internet anos atrás, na pré-estreia que aconteceu no Kinoplex do Shopping Nova América. Foi extremamente empolgante, e o fato do Peter “morrer” por conta do estalo do Thanos certamente nos pegou de surpresa.

O que não necessariamente faria com que o impacto durasse por muito tempo; estamos falando do Homem-Aranha, decerto que haveria pelo menos mais um filme solo, o que implicaria em seu retorno na quarta projeção da equipe antes de tal iteração. De qualquer forma, ainda precisava assistir Guerra Infinita com meus pais (que poderiam não acompanhar mais todos os longas de super-heróis, mas ainda tinham um certo apreço pelos Vingadores), então os poupei de quaisquer spoilers. A sessão de cinema em casa fora garantida assim que peguei o Blu-Ray, e até hoje me divirto ao lembrar das reações deles diante do final, incluindo, é claro, o destino do Aranha. Eles estavam completamente incrédulos, e viraram seus rostos, com as mesmas expressões, na minha direção ao mesmo tempo.

E isso foi apenas o começo desse que seria um ano verdadeiramente próspero para o personagem, que ainda teria mais um filme, um jogo exclusivo de PlayStation 4 e um projeto solo envolvendo um de seus adversários numa película... mas também aconteceriam coisas muito ruins nesse mesmo período, e uma atrás da outra.

O mundo perdeu os dois pais do herói, Stan Lee e Steve Ditko, e perdi meu pai e meu tio. Não sei muito bem o que mais posso falar aqui. Admito que não queria chegar nessa parte da história. Foi uma época muito, muito sombria, carregada de dor, raiva e tristeza. Já me via um pouco perdida, mas agora estava completamente cega. Quem me salvou do torpor foi ninguém menos do que ele, o Homem-Aranha. “Marvel’s Spider-Man” seria lançado em 7 de setembro, e nesse dia acabei visitando o evento Game XP só para jogar sua demo. Pouco depois o recebi (com bastante atraso por parte da loja), e o jogo acabou se tornando meu grande conforto. Meu grande amigo. Peter Parker e todo seu núcleo de personagens foram, mais uma vez, heróis na minha vida.

Continuava repleta de dor, mas voltei a enxergar através da neblina. “Venom” (2018) iria estrear em outubro, e precisava assistir, mesmo sem muita vontade. Pela primeira vez saí de casa sem receber um beijo na bochecha e um “Bom filme!” do meu pai. O coração apertou ali na hora, e por alguns instantes quase desabei no metrô, mas consegui segurar a vontade de chorar. Cheguei no Kinoplex do Shopping Nova América, fui ao banheiro, lavei o rosto e adentrei a sala de cinema. Foi frustrante conferir algo tão sem alma quanto esse longa (só comprei o Blu-Ray pelo Making Of mesmo). O ponto alto foi a segunda cena pós-créditos, que era um trecho editado de outro filme do universo aracnídeo da Sony, e era um que inspirava muito mais confiança desde seu teaser trailer. Uma pena que teríamos um mês de atraso, mais ou menos, de seu lançamento nos Estados Unidos.

Convoco, mais uma vez, uma versão passada minha, essa que agora tem 22 anos (e mais uma vez ela não mencionou o nome do ambiente; trata-se do Espaço Itaú de Cinema, um dos poucos, se não o único, que possuía sessões legendadas do longa em questão). Toma, o teclado é seu.

A ida ao (longínquo) cinema fora aprazível, como não é de costume. A estadia lá, até o início da sessão, também começara de forma normal: uma ida à livraria que habita o local foi igualmente agradável. Mas houve um plot twist. Não sabia que teria um combo para poder garantir um balde especial de “Homem-Aranha no Aranhaverso” (2019), então fui pega totalmente desprevenida. E havia um agravante: para garantir tal item, era necessário comprar um baldão de pipoca e dois refrigerantes, sendo que estava sozinha (assim como na esmagadora maioria das vezes). Ou seja, precisei da ajuda da moça do balcão para levar as bebidas à mesa, até a hora do filme começar, já que eu estava carregando a sacola com as compras da livraria, a sacola com o balde do Aranha e o combo.

Como diabos levaria tudo isso para a sala? Como iria sequer mostrar o celular comprovando a compra do ingresso no site?! Bem, eu tive de levar o aparelho primeiro para só então pegar as bebidas. E como faria para sentar na poltrona escolhida? Por sorte, o jovem casal ao meu lado foi bastante gentil ao segurar o assento e eles me permitiram usar os dois suportes por conta do excesso de drinks. Eles viram o quão enrolada que estava. Agradeci cada pessoa que me ajudou nesse perrengue. Tudo por causa de um balde. Soa até meio patético, falando assim, tão secamente. Mas o amor, seja por alguém ou por um personagem, é muito doido mesmo. Faz com que cometa essas loucuras… Mas chega de devanear sobre sentimentos! O logo da Sony apareceu, é hora de focar no filme!

Ficou um tanto melodramático ali no final, não? Nossa, e isso porque ainda nem estava falando do longa em si. Aliás, por onde começar? Uma coisa que é certa é que não sentia tanto esmero, tanto carinho, tanto amor e tanta esperança de um filme do personagem desde Homem-Aranha 2. A história (que utiliza um conceito absurdo para contar algo íntimo e relacionável) é linda, os personagens são cativantes, o estilo artístico empregado (fazendo com que o longa pareça uma HQ em movimento) é fabuloso, as músicas e a trilha sonora orquestrada são magníficas (ilustram muito bem o desenvolvimento do protagonista) e a mensagem passada aos espectadores é uma das mais inspiradoras e inclusivas da franquia até então, com os últimos dizeres de Miles Morales resumindo-a muito bem (em tempo: fez com que me lembrasse do discurso da Tia May da película de 2004, servindo até como complemento).

“Qualquer pessoa pode usar a máscara. Você pode usar a máscara. Se você não sabia disso antes, espero que saiba agora. Porque eu sou o Homem-Aranha, e não sou o único. Nem de longe.

Saí da sala de cinema com as energias renovadas. Estava completamente eufórica e com uma imensa vontade de conversar sobre o que havia acabado de contemplar. Lembrava, enfim, o motivo pelo qual tanto amava o herói. Céus, o que ele agora representa para toda uma nova geração! Isso é lindo demais! Quanto mais penso nesse filme, mais me apaixono. Uma injeção de alegria direto na veia, sem dúvidas, e que vira e mexe pego o Blu-Ray para assistir de novo e de novo, sem nunca enjoar. Acho que vale ressaltar que esse foi o longa do Aranha que mais conferi nos cinemas: foram 6 sessões no total, da estreia até o último dia de exibição; sozinha (4 vezes), com minha mãe e com dois de meus amigos. E o melhor, que fez com que me sentisse uma espécie de mãe orgulhosa: todos gostaram da história ali contada. Mas ainda assim é uma pena que muitas pessoas tenham deixado de conferir Homem-Aranha no Aranhaverso por se tratar de uma animação, como se fosse uma espécie de demérito.

A cena em que Miles se torna o Homem-Aranha de fato, além de icônica, é uma das mais belas de todos os filmes do personagem, sendo aquela que sempre me faz chorar de alegria.

Diferentemente de algo como “Vingadores: Ultimato” (2019), que lotou salas de cinema por dias e dias, tornando-o um dos longas mais bem-sucedidos de todos os tempos. Claro que pode se tratar de uma comparação injusta, até porque o quarto filme da equipe é resultado de uma década de projeções do Marvel Studios, mas ainda assim... Enfim, como esperado, foi onde tivemos o retorno do Homem-Aranha, que aparece na última batalha ao lado de todos os personagens que conhecemos desde 2008 (inclusive, sua aparição foi um dos momentos mais aplaudidos e repletos de gritaria em todas as 3 sessões em que compareci). Foi palco, também, do sacrifício do Homem de Ferro, seu mentor. Lembram da piada interna que mencionei no décimo parágrafo? Então… independente dos meus problemas com essa dinâmica entre os personagens, foi um pouco difícil não traçar o paralelo do Peter perdendo o Tony comigo perdendo meu pai, ainda mais que assistimos ao começo do MCU juntos.

E, se me permitem quebrar um pouco a estrutura textual construída até agora, gostaria de comentar sobre outro momento bastante significativo em um longa do Teioso que fez com que me lembrasse do meu velho, voltando a Homem-Aranha no Aranhaverso. A cena se situa após os demais Aranhas questionarem a presença de Miles na missão final, fazendo com que Peter B. Parker prenda o garoto em uma cadeira com suas teias. Jefferson Davis chega, mas fica do lado de fora do quarto, achando que seu filho o está evitando (a relação entre os dois é conturbada). Mas nada disso o impede de abrir seu coração e revelar que enxerga um brilho único em Miles, e que ele será muito bom em qualquer coisa que escolher fazer na vida (justificando o motivo de pegar tanto no pé do filho). Comecei a chorar compulsivamente, porque meu pai costumava me falar exatamente o que Jeff fala nesse trecho. Foi quando senti como se ele estivesse ali no cinema comigo, assistindo a mais um filme do herói ao meu lado, como sempre foi.

Tamanho o impacto emocional de Aranhaverso que, sinceramente, não esperava muito de “Homem-Aranha: Longe de Casa” (2019), embora, como fã, tivesse um certo grau de empolgação, apesar dos pesares. Não esqueço de estar com a unha do dedão do pé direito encravada no dia de sua estreia, tornando o simples ato de andar um sufoco tremendo. Mas é um filme do Aranha, tenho que comparecer de qualquer jeito. Coloquei a meia, o que machucou bastante, e depois coloquei o tênis, o que tornou a dor insuportável. Cheguei ao UCI do New York City Center fingindo estar tudo bem, emulando meu caminhar de sempre, mas logo me permiti mancar pelo resto do dia (inevitavelmente atraindo olhares curiosos). Agora vem a pergunta de um milhão de dólares: esse esforço todo valeu a pena?

Interlúdio: pouco tempo depois acabei garantindo a coletânea em 4K da trilogia dirigida por Sam Raimi, lançada em 2017. A grande novidade aqui presente é Homem-Aranha 3.1, o corte do editor. Cenas nunca antes vistas e mudanças na montagem são o grande atrativo dessa versão do filme.

Na época, sim. Achei Longe de Casa divertido (apesar do humor cansar bastante em muitos trechos), e gostei bastante do Mystério fazendo jogos mentais com o Peter, torturando-o, por meio de suas ilusões, forçando o garoto a confiar mais em si mesmo (fora que o retorno de J. K. Simmons como J. Jonah Jameson, na primeira cena pós-créditos, me fez soltar um palavrão bem alto numa sala com a presença de crianças. Perdão aos pais). Mas é um arco meio repetitivo para o personagem, então comecei a duvidar da validade dessa versão do herói após assistir à película uma terceira vez, agora em Blu-Ray. Queria vê-lo sair desse loop e se encontrar como Homem-Aranha. Mas, apesar de nada confiante, é claro que estaria presente para um terceiro filme solo. O que foi posto em cheque quando, pouco depois, a parceria entre Marvel Studios e Sony chegou ao fim, com um lado pedindo mais dinheiro e o outro não concordando. Não durou tanto tempo assim (apenas alguns dias, não?), os estúdios formaram um novo acordo e o Aranha do Tom Holland retornou ao MCU.

Enquanto isso, a Sony dava continuidade ao seu próprio universo do Aracnídeo sem o dito-cujo (em live-action) com “Venom: Tempo de Carnificina” (2021). Você não tem noção do quanto que sentia falta do cinema, desse ambiente tão único. Desde o começo da pandemia, em março de 2020, que só saía de casa para consultas médicas e, posteriormente, para tomar a vacina. A sequência da película de 2018 calhou de estrear dias depois de tomada a segunda dose, me deixando mais confortável para voltar a frequentar esse local tão sacro para mim (agora no Cinemark do Botafogo Praia Shopping). E não sei se era a saudade influenciando meu julgamento de alguma forma, mas me diverti com o longa. Bem curto e direto ao ponto, já que não existe muito o que desenvolver de seus personagens. E, para a surpresa de muitos, Eddie Brock e seu simbionte agora fazem parte do MCU, de acordo com a cena pós-créditos, onde presenciam o anúncio de que Peter Parker é o Homem-Aranha (como é revelado em Longe de Casa, com mais uma aparição de J. K. Simmons).

E agora estamos muitíssimo próximos do lançamento de “Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa” (2021), longa esse que conta com Peter Parker tendo que lidar com a repercussão de sua verdadeira identidade revelada ao mundo e ameaças surgindo de diferentes universos. Rever Willem Dafoe como Duende Verde e Alfred Molina como Dr. Octopus será algo extremamente marcante (ainda não se sabe se Thomas Haden Church voltou ao papel de Homem-Areia, o que faria com que o personagem seja apenas um monstro de CG; convenhamos que seria extremamente decepcionante), e confesso que é isso que tem causado um hype absurdo no meu ser. Além de que talvez vejamos Tobey Maguire e Andrew Garfield trajando novamente seus respectivos mantos após tantos anos, o que seria incrível o suficiente para implodir todo um cinema (além de que, caso isso aconteça, provavelmente sairei da sessão numa maca, não tendo suportado tamanha explosão emocional). Só descobriremos o que transcorrerá de fato no dia 16 de dezembro (ou 15, caso confira na pré-estreia). Até lá!

CONTINUA… NOS CINEMAS!

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Carol Lima

Um cérebro conectado a uma rede vasta e infinita que faz uns textos sobre a cultura pop e cria uns contos